O primeiro "coração bioimpresso" a partir de tecidos humanos usando impressão 3D foi criado por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, em 2019. O objetivo do projeto era criar um coração vivo que pudesse ser transplantado em pacientes humanos.
O processo de criação do coração bioimpresso começou com uma biópsia de tecido adiposo do próprio paciente. As células do tecido foram então separadas em dois tipos principais: células do tecido conjuntivo e células do tecido muscular cardíaco. Cada tipo de célula foi então reprogramado para voltar ao estágio de célula-tronco, o que significa que as células poderiam se desenvolver em diferentes tipos de células, incluindo células cardíacas.
As células-tronco foram então cultivadas em um biorreator, que as incentivou a se diferenciar em células musculares cardíacas e células endoteliais, que revestem o interior dos vasos sanguíneos. As células foram então impressas em uma matriz usando uma impressora 3D modificado para uso médico.
A matriz foi criada a partir de materiais biocompatíveis, como colágeno e glicoproteína, que fornecem suporte para as células enquanto elas se desenvolvem em um tecido funcional. À medida que as células se multiplicavam e se diferenciavam, a matriz foi gradualmente absorvida pelo corpo, deixando para trás um coração completamente funcional.
Embora o coração bioimpresso criado pelos pesquisadores de Tel Aviv seja um marco importante na pesquisa de tecidos e órgãos artificiais, ainda há muito trabalho a ser feito antes que a tecnologia possa ser aplicada em seres humanos. Os corações produzidos são pequenos e não podem bater por muito tempo sem suprimento contínuo de oxigênio e nutrientes. No entanto, a criação de um coração bioimpresso representa um grande avanço na área de medicina regenerativa e pode eventualmente levar a novos tratamentos para doenças cardíacas e outras condições médicas.